Dois textos selecionados, dos alunos das turmas 301 e 302, produzidos nas aulas de Redação-
Expressão com o professor Sandro Rosa.
Um mundo de tatuagens
Hoje em dia “tatuagem” não é mais coisa de gente famosa. Pessoas do dia a dia, do cotidiano, jovens e até mesmo os mais velhos possuem uma ou até mais tatuagens em seu corpo.
Conforme o estilo de vida, o gosto, a paixão é o modo das tatuagens. Casais muito apaixonados fazem tatuagens com seus respectivos nomes. Fãs confeccionam tatuagens em homenagem aos seus ídolos; no braço, na perna, nas costas, no peito, no pé, no pescoço, por todo o corpo.
Nota-se que grande parte dos tatuadores tem o corpo repleto de tatuagens, e não só “tatoo”, mas piercings, também fazem parte de seu estilo. Talvez as pessoas curtam seus corpos como forma de exibicionismo e outras não. Em uma revista da mídia, foi publicada, recentemente uma reportagem que falava sobre pessoas que se comprometiam que ao morrer venderiam seu corpo, claro, que do dedo do pé, a orelha completamente tatuado e também é lógico que receberiam o dinheiro em vida. Também há situações em que pessoas tatuam os famosos ideogramas, que são as letras do alfabeto chinês, que através de sua forma passam às pessoas uma espécie de enigma.
Enfim, cada um é digno da sua própria escolha, no entanto convém que cada tatuagem, antes de ser feita, deva ser pensada, pois fica marcado para toda a vida.
Hiago Souza Bandeira - 3ª série - Turma 302
Reflexões na pele
“Há um tempo em que preciso abandonar as roupas usadas, que já têm a forma do nosso corpo e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia e, se não ousamos fazê-la teremos ficado para sempre à margem de nós mesmos.” Estes são os versos da famosa poesia de Fernando Pessoa chamada “Tempo de Travessia”, as quais foram tatuadas nas estupendas coxas da bela atriz Cléo Pires.
Cléo tatuou todas estas palavras com rena – que foi realizada especialmente para posar à edição da Revista Playboy e foi referida por Veríssimo em sua coluna da ZH - e por isso não se trata de uma tatuagem definitiva.
Mas essas uniões artísticas – cultural e literária, não vem de hoje. Há pouco tempo se falavam em tatuagens inspiradas em dragões, pessoas, abstrações e até com certo toque grotesco; agora, são simplesmente palavras... muitas palavras. No contexto da atual sociedade, o culto cada vez mais intrincado dos indivíduos poderá induzir muitas pessoas a fazerem da sua pele o local de registro de ideias, valores ou simplesmente de sua vaidade.
A leitura de um bom livro pode transportar as pessoas e transformá-las pelo resto da vida. Tendo esse tom de transformação permanente, algumas pessoas, mundo afora vem se tatuando com motivos literários.
Enfim, acredito que quando se trata de algo que ultrapassa as barreiras de um exercício visual e mistura as belezas do corpo feminino com os mistérios da poesia, então reunimos o útil ao agradável, um prato cheio para leitores cultos, ou para os nem tão cultos, que tenham olhos e coração para admirar as reflexões de um sonhador, gravadas na mais pura essência natural da arte: o ser humano.
Diego Souza - 3ª série - Turma 301